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AZEITE EXTRA VIRGEM: COMO OTIMIZAR O PROCESSO DE EXTRAÇÃO?

Conciliar qualidade e quantidade é o maior desafio da pesquisa no campo das tecnologias de extração de azeite de oliva extra virgem.

 

Embora nos últimos anos, o foco tenha mudado progressivamente para a qualidade, a obtenção de altos rendimentos de extracção continua a ser uma prioridade para os moleiros e olivicultores, a fim de optimizar a economia agrícola.

 

 

 

EXTRAÇÃO: QUESTÕES E FATORES-CHAVE

Apenas um elevado rendimento de extracção pode pagar um ano de trabalho árduo e custos no cuidado com as oliveiras. É bem conhecido que no processo de produção de azeite, para melhorar os rendimentos de extração, muitas vezes é necessário prolongar o tempo de amassamento ou, alternativamente, aumentar as temperaturas do processo. Entretanto, isto, por sua vez, pode levar a uma diminuição do conteúdo de substâncias polifenólicas e a uma redução das características organolépticas e de saúde do produto acabado.

 

Isto também se deve ao fato de que, do ponto de vista da engenharia da planta, as prensas de hoje são trocadores de calor ineficientes.

 

Mas se é verdade que o rendimento é o resultado do processo de extracção do óleo, não se deve esquecer que os factores sobre os quais se pode agir para o aumentar, sem afectar a qualidade do produto, podem ser de diferentes tipos:

 

  • Fatores agronômicos, que atuam indiretamente sobre a oliveira; 
  • Fatores tecnológicos, ou seja, métodos específicos que podem ser implementados dentro do lagar durante o processamento da azeitona.   

 

 

FATORES AGRONÔMICOS QUE INFLUENCIAM O RENDIMENTO DE EXTRAÇÃO 

O rendimento de extração do azeite de oliva extra virgem pode ser influenciado por vários parâmetros, como lipogênese, preservação do componente aromático e colheita.

 

 

Preservando o componente aromático 

Não se deve esquecer que a qualidade do azeite é fortemente determinada pelas percepções detectadas pelo olfato e pelo paladar, que são expressas por um frutado mais ou menos intenso que representa o sabor das azeitonas, dependendo da cultivar e da área de cultivo.

 

O aroma do óleo virgem é composto por uma mistura complexa de compostos voláteis, aldeídos, álcoois, cetonas, hidrocarbonetos e ésteres, que podem ser facilmente perdidos durante o envero da fruta devido à oxidação, mas também durante os vários processos se eles ocorrerem por muito tempo ou a altas temperaturas.

 

Por esta razão, foi comprovado que azeitonas colhidas em um estágio inicial de maturação produzem óleos com um frutado intenso, verde, amargo e picante, enquanto azeitonas colhidas em um estágio avançado de maturação produzem óleos com um frutado maduro, menos intenso e menos amargo.

 

 

 

 

FATORES TECNOLÓGICOS QUE INFLUENCIAM O RENDIMENTO DE EXTRAÇÃO 

Os princípios tecnológicos que afetam o rendimento de extração estão ligados à estrutura da parede celular da azeitona e à presença de enzimas pectolíticas.

 

 

 

 

CONTRIBUIÇÃO DA AEB: TESTES DE CAMPO 

Numerosos testes realizados para fins experimentais em vários lagares de azeite pela Universidade de Bari (Itália) e a Universidade de Jaén (Espanha), mostraram que a combinação de fatores agronômicos e tecnológicos pode dar excelentes resultados em termos de aumento dos rendimentos na fase de extração.

 

A colheita das azeitonas no pico da sua lipogénese em combinação com a utilização de enzimas seleccionadas que actuam apenas sobre o componente péctico, permitiria ao produtor obter, não só uma maior quantidade de azeite para o mesmo peso das azeitonas colhidas, mas sobretudo um azeite muito mais perfumado com notas aromáticas mais fortes e mais intensas.

 

Os dados recolhidos nos testes experimentais mostraram que, com a utilização de enzimas exógenas, seria possível aumentar a eficiência da gramolagem e centrifugação de todo o processo. Dos dados recolhidos pelas universidades, surgiu uma diferença significativa entre gramolatura realizada na ausência ou presença de enzimas pectolíticas exógenas: já alguns minutos após a adição da enzima, o óleo começa a aparecer na pasta de gramolatura, um fenómeno que - sem o uso de enzimas - ocorre apenas a mais de metade do processo de gramolatura.

 

 

 

 

QUAIS PODERIAM SER OS POTENCIAIS BENEFÍCIOS?

  • Extracção superior 
  • Maior fluidez do trabalho da prensa 
  • Menos manipulação da massa  
  • Maior eficiência energética com conseqüente redução no consumo

 

 

 

Vídeo dos dois extratores em comparação 

Testes experimentais realizados em vários lagares de azeite italianos

Impianto di gramolatura in funzione

Instalação de moagem em operação

Gramola con pasta di olive

Prensa com pasta de azeitona

Dettaglio della gramola con pasta di olive in fase avanzata

Detalhe da prensa com pasta de azeitona em estágio avançado

Affioramento dell’olio extra vergine in lavorazione

Aparecimento do óleo extra virgem que está sendo processado

Uscita dell’olio dalla centrifuga di separazione

Saída de óleo da centrífuga de separação

Raccolta del prodotto finito

Coleta do produto acabado

Gráfico do aumento do rendimento de extração com o uso de enzimas exógenas